"Necessitamos permitir aos pilotos se expressarem mais sem mais tarde ser tão criticados, que as suas personalidades saiam para o exterior, ter opções, personalidades e deveríamos animá-los para que possamos ver mais deles". No meio dessa purificação espiritual que está sofrendo a Fórmula 1, nesse verão passado Christian Horner reflexionava sobre a necessidade de potenciar o fator humano e emocional como forma de atração. Poderia se dizer que a Fórmula 1 tem nesses momentos o seu grande "campeão" nesse sentido: Lewis Hamilton.
"Sempre levo as emoções à flor da pele"
É compreensível que nem todos os pilotos queiram se abrir para o grande público com o risco de serem devorados pelo voraz redemoinho de vento mediático e das redes sociais. Mas um mundo hiper controlado e politicamente correto, Hamilton vai mais além que o seus colegas que ficam acordados como um espontâneo assopro de ar fresco. "Sempre levo as emoções à flor da pele e isso pode me colocar em problemas às vezes, mas sei que sempre é melhor ser honesto", repetiu em numerosas ocasiões para justificar a sua personalidade, reações e opiniões.
Treinos do Grande Prêmio da Inglaterra. Na sua coluna pessoal da BBC, Hamilton nos revelou que os maus momentos que viveu depois do erro de cálculo que lhe presenteou com a sexta posição no grid de largada, com Rosberg na pole. "Realmente não posso explicar a dor que sentia quando cheguei aos boxes e vi que perdi a pole, foi muito duro, nem podia sair do carro, quase nem levantar os braços, eu fiquei sem energia".
Submerso, voltou para a casa do seu pai e logo relatou quais foram os seus sentimentos, a sós na sua casa, a conversa com o seu pai, o apoio incondicional da sua família, as suas conversas com a sua namorada, Nicole Scherzinger, e como no final foi capaz de elevar o seu espírito para a corrida. É um exemplo dos muitos que nos oferece na sua coluna e também nas suas entrevistas.
Um modelo midiático
No Twitter, Hamilton também mostra uma personalidade rica e fresca, sem temor à censura que podem provocar os seus gostos, imagem e passatempos. Só faz falta dar uma revisão pela a sua página da internet (na sessão "Life") para conhecer os seus "melhores momentos vitais" - Aqueles que deseja fazer públicamente, logicamente - E nos encontramos com um perfil e um estilo de vida diferente a qualquer outro.
É certo que a imagem de "superstar" de Hamilton acelerou depois da associação com a "XIX Entertainment" de Simon Fuller, que inspirou o piloto britânico em um modelo midiático na linha das outras figuras do "showbiz". Mas Hamilton se encontra cômodo projetando para o exterior as suas inquietitudes e passatempos, a sua imagem de rapper, as suas tatuagens, os seus cachorros, alguma brincadeira de carros e motos, seus duelos com Rosberg, a relação entre ambos, temas esportivos e de pilotagem, musicais, as suas convicções religiosas..... Hamilton não só leva as emoções à flor da pele, mas também as expressam de forma sincera e direta através de um amplo ventilador de temas.
Um maior equilíbrio emocional
"Lewis encontrou o seu próprio caminho e o desenvolveu de maneira impressionante e não necessita de muita gestão", declara Toto Wolff recentemente em relação ao próprio Hamilton, "Temos que entender que tipo de ambiente precisa para que funcione ao máximo, e não faz sentido tentar mudar a sua personalidade e dizer a ele 'sabe, teria que ter o enfoque de Niki Lauda, de Nico Rosberg, de Fernando Alonso e não precisa dos seus cachorros, Los Angeles ou a sua música', não é o caso. Lewis precisa de tudo isso, é a sua personalidade e isso faz ele funcionar bem". Certo é que também a Mercedes lhe permitiu explorar com liberdade esse caminho de comunicação.
A sua evolução também parece se refletir positivamente com um maior equilíbrio ao enfrentar a montanha russa da temporada atual, na que se aprecia um Hamilton longe daquele temperamento desbocado e errático das temporadas anteriores. Cometeu alguns erros (Áustria, Inglaterra, largada em Monza) e sofreu diferentes problemas técnicos, mas soube mostrar uma maturidade desconhecida até o momento para superá-los e hoje lidera o campeonato sobre Rosberg com uma vantagem de 17 pontos e nove vitórias a quatro (vitórias para Rosberg).
O contraste com Alonso
Hoje Hamilton contrasta com Fernando Alonso, por exemplo. Ainda que esse sempre foi enormemente ciumento para proteger a sua vida privada, também abriu um caminho mais expansivo desde a sua entrada no Twitter. Mas a margem de que a Ferrari permita ou não outras formas de expressão independentes a seus canais oficiais, depois do "famoso puxão de orelhas" de 2013, se fechou em torno de Alonso a concha de uma política de comunicação mais restritiva de Maranello. Nesse sentido, todos perdemos.
"Não mudo nada, vou para a corrida todo fim de semana da mesma forma, tenho certeza de que cobri todo com o carro, ainda escuto música para me colocar no melhor estado mental.... Com o tempo aprendi a administrar o que vem para você.... se vou entrar no carro e alguém me dá a mão, não importa, se me agarra e me empurra, está bem, estarei tranquilo... tem que encontrar o equilíbrio adequado na vida e durante uma temporada de Fórmula 1...".
Lewis Hamilton se converteu hoje nesse exemplo ideal ao que podia se referir Christian Horner. E, por ele, também é um presente para os fãs.
Da hora esse texto, manolo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Hamilton é bruxo, feiticeiro, é mocinho, é heroi, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, é caso de psiquiatra kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Mas falando sério agora, eu gosto do Hamilton, coisa que não era a uns 2 anos atrás. Culpa da imprensa vulgo Globo que ficava enfiando minhoca na cabeça do pessoal, agora ninguém me tapeia mais! Kkkkkkkkkkkkk. Apesar deu achar ele impulsivo e complexado demais, eu gosto bastante do Hamilton e, como eu disse uma vez, se ele ganhar esse título eu caio do sofá kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, porque depois de tudo o que aconteceu...............
E aí? Gostaram? Bjs!
TRADUÇÃO: BRUNA (eu)
Where all my bad boys at? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk